Quando assisti ao primeiro episódio da nova série da Pixar, “Ganhar ou Perder”, confesso que fui pego de surpresa. Não pela animação impecável, nem pela narrativa envolvente — algo que já esperava de um estúdio como a Pixar —, mas por uma cena simples e, ao mesmo tempo, profundamente significativa: uma personagem rezando.
Laurie, a jovem jogadora de softball, ajoelha-se no banco antes de um jogo importante e sussurra uma oração: “Querido Pai Celestial, por favor, dai-me força. Eu tenho fé, mas às vezes a dúvida toma conta.” Naquele momento, algo dentro de mim se comoveu. Quantas vezes já não nos sentimos assim? Cheios de fé, mas também cheios de dúvidas. Certos da presença de Deus, mas inseguros sobre nossa própria capacidade de enfrentar os desafios da vida.
A Oração como um Ato de Vulnerabilidade
O que mais me chamou a atenção na cena foi a honestidade de Laurie. Ela não reza com palavras decoradas ou frases prontas. Ela fala com Deus de coração aberto, expondo suas fraquezas e pedindo ajuda. E isso me fez pensar: quantas vezes nós, cristãos, nos permitimos ser tão vulneráveis em nossa oração?
Muitas vezes, caímos na armadilha de achar que a oração precisa ser perfeita, cheia de palavras bonitas e sentimentos elevados. Mas a verdade é que Deus não quer perfeição; Ele quer autenticidade. Ele quer que nos aproximemos d’Ele como somos — frágeis, inseguros, cheios de dúvidas — e confiemos que Ele nos ouve e nos fortalece.
A Fé em um Mundo de Incertezas
Laurie é uma personagem que reflete a realidade de muitos de nós. Ela luta contra suas inseguranças, tenta se encaixar em um mundo que muitas vezes parece hostil, e busca força em algo maior que ela mesma. E é justamente nessa busca que ela encontra conforto na oração.
Isso me lembrou das palavras de São Paulo: “Quando sou fraco, então é que sou forte” (2 Coríntios 12,10). A fraqueza de Laurie não a diminui; pelo contrário, ela a leva a se conectar com Deus de uma maneira profunda e transformadora. E isso é um lembrete poderoso para todos nós: nossa fé não precisa ser grandiosa para ser verdadeira. Às vezes, é nas pequenas orações, nos sussurros cheios de dúvida, que encontramos a presença de Deus.
Representação e a Cultura Pop
Não posso deixar de mencionar o impacto de ver uma personagem cristã em uma produção da Pixar. Em um mundo onde a espiritualidade muitas vezes é ignorada ou ridicularizada, a presença de Laurie é um sopro de esperança. Ela não é uma caricatura da fé; ela é uma personagem real, com medos, sonhos e uma relação autêntica com Deus.
Isso me faz refletir sobre como a cultura pop tem tratado a religião nos últimos anos. Em muitas produções, a fé é retratada como algo ultrapassado ou até mesmo negativo. Mas Laurie nos mostra que a espiritualidade pode ser parte integrante da vida de uma pessoa, sem precisar ser o centro da trama. Ela simplesmente é quem é — uma jovem que ama softball, que luta contra suas inseguranças e que encontra força na oração.
Um Convite à Reflexão
Assistir a “Ganhar ou Perder” me fez pensar sobre minha própria jornada de fé. Quantas vezes eu me permiti ser vulnerável diante de Deus? Quantas vezes eu trouxe minhas dúvidas e inseguranças para Ele, em vez de tentar escondê-las? E, mais importante, como eu tenho encarado os desafios da vida — com medo ou com a confiança de que Deus está ao meu lado?
A série pode ser apenas uma animação, mas ela carrega uma mensagem poderosa: a fé não é sobre ser forte o tempo todo; é sobre encontrar força em Deus, mesmo quando nos sentimos fracos. E isso é algo que todos nós podemos levar para nossas vidas.
Oração Final:
“Senhor, assim como Laurie, nós Te pedimos força para enfrentar nossos desafios. Ajuda-nos a confiar em Ti, mesmo quando a dúvida tenta nos abalar. Que nossa fé seja um reflexo do Teu amor e da Tua presença em nossas vidas. Amém.”
E você, já assistiu à série? O que achou da representação da fé em Laurie? Vamos conversar sobre isso nos comentários! 🙏
